O livro nos conta a história de William Wenton, um jovem cuja família precisou mudar de nome (de Wenton para Olsen) e também de país (da Inglaterra para a Noruega) a fim de se esconderem após eventos ocorridos há 8 anos atrás. O livro possui um total de 221 páginas, sendo que as primeiras 29 páginas são dedicadas na construção do protagonista, preparando o terreno para a trama em si nas páginas seguintes. Logo no início já percebemos que William possui uma inteligência acima da média (pra se ter idéia, um de seus hobbies é desvendar enigmas), e por este motivo é instruído pelos pais a não se destacar na escola para não chamar atenção indevida (temática esta que já vimos em outras ocasiões... como por exemplo em Smallville, Os Incríveis, Eu Sou o Número 4, etc).
O início do livro te deixa curioso em saber o que aconteceu para esta família precisar tanto se esconder, e conforme a trama se desenvolve, este motivo é explicado ao leitor. A partir da página 29 é como se o pavio da plot principal tivesse sido aceso, e o livro começa a criar seu próprio mundo. Somos então apresentados ao Instituto de Pesquisa Pós-Humana, um local que se parece muito com Hogwarts, porém ao invés da magia, entra a tecnologia (parece até slogan de Polishop, eu sei). O Instituto é muito bem descrito no livro, e é fácil imaginar uma escola cheia de "geringonças" e robôs, e o autor deixa ainda um clima de mistério em torno do Instituto, te deixando sempre em dúvida sobre quais são as reais intenções dele (e se ele é confiável ou não).
Podemos dizer que este livro é uma mistura de Código da Vinci com Harry Potter, e tenta inclusive criar uma plot twist no final, porém por possuir um estilo de escrita mais voltado para o público juvenil, este final fica um pouco previsível. Importante citar também que o início e final do livro possuem bastante ação e prendem a atenção do leitor, entretanto o meio do livro dá uma sensação que foi "esticado" demais... então não estranhe se ele cansar um pouco nesta parte.
De qualquer modo, William Wenton e o Ladrão de Lurídio é um livro leve, divertido, daqueles que você lê em uma semana. Não é nenhum "blockbuster", mas é um ótimo "Sessão da Tarde".
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