À título de comparação, Capitã Marvel é superior à Homem-Formiga, muito superior à Homem de Ferro 3, porém inferior à trilogia Capitão América e Vingadores. De qualquer modo, é um filme que diverte bastante, e o mais importante: ele consegue prender a atenção do espectador.
A história se passa na década de 90, bem anterior aos acontecimentos ocorridos em Vingadores: Guerra Infinita, e nos conta como Carol Danvers (Brie Larson) se tornou a mulher mais poderosa da Terra. É engraçado como a gente só nota que está ficando velho quando vê que os filmes "de época" vão avançando nas décadas (como não sentir nostalgia ao ver Carol caindo no meio de uma Blockbuster?).
Capitã Marvel é um filme com poucos diálogos, deixando a própria história conduzir a trama. Não, não estou dizendo que este é um filme mudo (longe disso), quero simplesmente dizer que o filme está mais preocupado em deixar a história fluir por si só do que inserir diálogos constantes que expliquem o que está acontecendo, e isto foi um ponto extremamente positivo. A trama tem um "senso" de urgência que norteia o filme até sua conclusão (toda a história do filme transcorre em aprox. 48h), e isto se converte em um ritmo muito bom que prende a atenção do espectador em praticamente todo o filme.
Os efeitos especiais impressionam (e muito) no trabalho de rejuvenescimento de Samuel L Jackson. Ao assistir o filme é impossível afirmar que ele possui 70 anos, tão bom foi o trabalho de maquiagem e efeitos visuais nele. Os demais efeitos (como em praticamente todos os filmes da Marvel) também estão bons e servem somente como apoio à trama, e não como foco do filme.
Muita gente levantou a sobrancelha quando Brie Larson foi escalada para o papel, mas no final ela mandou muito bem e surpreendeu a todos (inclusive a mim) com sua Capitã Marvel. Ela em nenhum momento atua com aquela pose de “empoderamento”, pelo contrário... ela nos mostra uma personagem de “carne e osso”, humilde, que ao ganhar super-poderes só busca fazer o bem, e não se provar para o mundo. Aliás, outro ponto positivo do filme é isso, ele não busca dar uma lição de “empoderamento”, ele só busca a contar a história de uma pessoa normal ao ganhar super-poderes.
Quanto aos demais atores, todos tiveram sua parcela de contribuição no resultado final. Samuel L Jackson atuou muito bem como um policial novato da Shield, completamente diferente do já conhecido Nick Fury; talvez tenha exagerado um pouco na comédia (na cena que estava lavando louça com Carol falando sobre a pronúncia Mar-vel... só faltou olhar para a câmera e dar uma piscada), mas ainda assim foi muito bem. Jude Law ficou no “feijão com arroz”, mas entrega aquilo que se espera de seu personagem. Não espere muito da participação de Lee Pace (como Ronan), ela é mínima e provavelmente não chega a nem 2 minutos de tela.
Fugindo um pouco da previsibilidade habitual dos filmes da Marvel, Capitã Marvel guarda ainda um “plot twist” que torna o filme ainda mais interessante. Capitã Marvel não é nenhuma obra-prima, mas está em uma ótima colocação entre os filmes da Marvel, e vale a pena conferir.
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