Robin Hood - A Origem

Quando falamos de Robin Hood você provavelmente deve lembrar de Kevin Costner ao som de Bryan Adams, ou então de Russell Crowe cavalgando na praia, ou para os mais antigos, até de Sean Connery. Então a pergunta que fica é: daqui a 20 anos, lembraremos de Taron Egerton como o ladrão mais famoso de Sherwood... "Robin Hood", ou sua interpretação cairá no esquecimento?

Robin Hood - A Origem nos reconta, como o próprio nome do filme já diz, a origem de Robin até se tornar o famoso "the Hood". Após retornar das cruzadas, Robin descobre que perdeu tudo o que tinha ao encontrar uma Nottingham "caída", mas ao conhecer John (Jamie Fox) encontra um novo propósito de vida. É interessante dizer que apesar de cada filme sobre Robin Hood apresentar uma história diferente, todos mantém a essência básica (frei Tuck, "little" John, lady Marian, floresta de Sherwood, e por aí vai), e isso não é diferente com Robin Hood - A Origem.

O filme possui um começo extremamente promissor, principalmente quando nos mostra o período em que Robin esteve nas Cruzadas. A sequência da guerra (que aliás, poderia muito bem ser uma cena de Falcão Negro em Perigo, só que com arco e flecha) te prende a atenção e dá a impressão que este será um ótimo filme... pena que depois percebemos que era só uma impressão mesmo. Não que o filme seja ruim (a título de comparação, Máquinas Mortais de Peter Jackson é um ótimo exemplo de filme ruim... mas isso é assunto para outra crítica), é só que o filme é... bem, chato.

O filme tem diversos furos, mas o principal é mesmo o roteiro. A história simplesmente não prende a atenção do espectador, pois o que vemos ao longo do filme não é um Robin "protetor dos pobres", ou  um Robin "líder do povo contra o sistema"... o que vemos é um Robin "quero aparecer para conquistar a mulher bonita", e isso mata o filme pois faz com que o público não tenha empatia pelo protagonista.

As atuações também não colaboram. Targon Egerton entrega um Robin Hood prepotente, canastrão, e não convence como "líder do povo" (a cena em que ele discursa ao povo, por exemplo, é fraquíssima). Já Ben Mendelsohn (o xerife) está só repetindo a mesma atuação já vista em Jogador Número 1 e Rogue One (uma reprise de personagem), mas mesmo assim consegue criar um vilão que conquista o ódio do espectador. Eve Hewson (fato curioso: você sabia que ela é filha do vocalista da banda U2, Bono?)... apesar de bela, atua sem muita expressão, de modo que não convence como Lady Marian... o grande amor de Robin. O ponto fora da curva foi Jamie Fox, que rouba a cena sempre que aparece. Sua atuação deixa claro a motivação de seu personagem, e por incrível que pareça, você fica mais na torcida por ele, do que pelo próprio Robin.

O ponto positivo do filme fica mesmo nas cenas de ação. Todas as cenas, desde às Cruzadas no início, até o confronto na rua (à la Gangues de Nova York) são muito bem filmadas, com ótimas cenas filmadas em câmera lenta. Pena que estas cenas não salvam o filme.

Robin Hood - A Origem possui ótimas sequências de ação, porém seu roteiro e atuações fracas, acabam por minar as chances de sucesso. Agora... se você é daqueles que não liga para a história, e só gosta de cenas de ação... este filme é pra você!




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