A série gira basicamente em torno de Dick (a.k.a. Robin) e Rachel (a.k.a. Ravena). Dick vê em Rachel a oportunidade de fazer por alguém o mesmo que Bruce fez por ele, e é quando suas histórias se cruzam que a trama de fato começa. Logo no primeiro episódio, fica claro que tanto Dick quanto Rachel estão lutando contra sua "escuridão" (claro, cada um nos seus termos), e isso faz com que Dick gere uma empatia genuína por Rachel, e ela consequentemente de confiança por ele.
Kory (a.k.a. Estelar) e Gar (a.k.a Mutano) também são apresentados no primeiro episódio, ainda que com menor ênfase. Neste mesmo episódio existe uma cena de luta (no beco) tão bem feita que deixaria Matt Murdock de queixo caído. Aliás, as cenas de ação ao longo da série são extremamente bem filmadas.
A história dos quatros titãs se cruzam nos episódios seguintes, e eles começam (ainda que sem perceber) a agir como um time (pra não dizer família). Somos também apresentados aos demais personagens da série, e aí temos: Rapina, Columba, Jason Todd, Doom Patrol, Wonder Girl, e isso sem mencionar os vilões. Apesar da overdose de personagens, os produtores souberam balancear bem o tempo de tela de cada personagem, de modo que não ficassem "rasos demais". Um fato que me surpreendeu (positivamente), foi ver que Robotman de Doom Patrol é interpretado por Brendan Fraser (lembra dele em George O Rei da Floresta?).
Mas apesar de ter um começo extremamente empolgante, Titãs patina feio quando sua temporada se aproxima do "fim". Podemos dizer que os 6 primeiros episódios foram muito bons, 7º e 8º razoáveis, 9 º episódio bom, e os dois últimos episódios realmente fracos. Enquanto o começo da série possui uma pegada mais realista, com ótimas construções de personagens, os episódios finais tem mais cara de "Supernatural" do que "Titãs", e a série meio que perde sua essência. Outro ponto negativo foi o desnecessário (e absurdo) cliffhanger, que deixa a temporada sem final.
As caracterizações de modo geral são boas (Robin está perfeito), o único ponto negativo fica mesmo por conta de Estelar, e não pelo fato da atriz ser negra (afinal, nas HQs Estelar é laranja), mas pela peruca e roupas escolhidas. Quando vemos a atriz no episódio 11 sem peruca, com seu cabelo natural liso, fica bem claro que era só tingir seu cabelo natural e usar roupas "normais", que a personagem ficaria perfeita.
No quesito atuação, a série mostrou-se muito superior às demais séries da DC. Entretanto, a atuação de Teagan Croft como Ravena é fraca, e isso fica claro nos momentos em que a cena pede uma atuação mais emocional. Como a série possui um bom balanceamento de personagens, isso acaba não sendo um problema.
No frigir dos ovos, Titãs tem erros e acertos na mesma escala. Ela ainda precisa amadurecer muito para chegar no nível de um "Demolidor", mas diverte mesmo assim.
P.S 1: "A.k.a" significa "Also Known As" (também conhecido como)
P.S 2: "Cliffhanger" é um recurso utilizado nas narrativas para indicar um final deixado em aberto.
Imagem: © 2019 Netflix / All Rights Reserved
3 Comentários
Otima critica! Congrats
ResponderExcluirAs series da Marvel faziam mais sucesso? Kkkkk e serio essa critica? que eu saiba sobrou uns Gatos pingados vivos ae depois q varias series da Marvel foram canceladas.....que fedô de fanboy da Marvel
ResponderExcluirParabéns. Uma boa crítica. Sobretudo pela boa percepção de dois pontos em que tive a mesma sensação: os dois últimos episódios foram decepcionantes em relação aos demais episódios; sendo o último episódio mais decepcionante ainda, por ter deixado em suspense a trama toda.
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