Em Jogador NĂºmero 1, Cline nos entregou um bom livro, fazendo um Ă³timo uso das referĂªncias nerd/pop como parte da histĂ³ria, tornando-a mais envolvente. JĂ¡ em Armada, o autor usa as referĂªncias como "muleta" para a histĂ³ria, jĂ¡ que em nada agregam Ă trama.
O livro nos conta a histĂ³ria de Zack Lightman, um jovem viciado em games, que teve sua vida mudada da noite para o dia quando, durante uma aula na escola, avista uma nave alienĂgena (idĂªntica Ă vista nos jogos de video-game) e Ă© recrutado pela Aliança de Defesa da Terra para salvar a Terra.
O inĂcio do livro Ă© bastante promissor, ele realmente te deixa na dĂºvida se Ă© tudo real ou somente uma alucinaĂ§Ă£o de Zack, e logo te prende para saber o que estĂ¡ acontecendo. Infelizmente, a partir do momento em que Zack Ă© recrutado, o livro vira uma mistura de Tropas Estelares (1997) com Independence Day (1996) e Ender's Game (2013), e engata uma sequĂªncia de clichĂªs (a uniĂ£o da tropa recĂ©m formada, se apaixonar... e detalhe, tudo isso em questĂ£o de horas). A trama nĂ£o possui nenhuma reviravolta e segue extremamente previsĂvel atĂ© o final, que diga-se de passagem, possui um "clĂmax" que dura praticamente trĂªs pĂ¡ginas (410,411 e 412).
Os personagens atĂ© sĂ£o bem construĂdos (vocĂª consegue visualizar facilmente cada um deles, tal qual como descrito no livro), entretanto a histĂ³ria peca muito na facilidade com que o protagonista supera seus desafios (sabe aquele tipo de filme onde o bandido dĂ¡ mil tiros e nenhum atinge o mocinho? É bem por aĂ), e essa facilidade tende a tornar o livro menos interessante.
É importante dizer que Armada nĂ£o Ă© necessariamente um livro ruim, mas somente um livro "comum", de trama previsĂvel, e sem personagens marcantes. ConclusĂ£o: insosso.
*Foto: CrĂtica Geek
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