Titãs - 2ª Temporada


Após uma primeira temporada que começou bem... e terminou (muito) mal, Titãs  retornou no início do ano para uma excelente segunda temporada (apesar do final).

Depois de colocarem um cliffhanger totalmente desnecessário na primeira temporada, o primeiro episódio desta segunda temporada serve unicamente para encerrar a trama da primeira (de forma muito apressada, diga-se de passagem), o que o torna deslocado do restante da temporada, uma vez que o segundo episódio se passa 3 meses após estes eventos. Ou seja, se você não assistiu a primeira temporada e quer assistir direto a segunda, então pule o primeiro episódio.

A segunda temporada de Titãs  é cheia de altos e baixos, porém (para nossa sorte) com mais altos do que baixos. Em toda série (ou filme) de "herói", a fórmula para o sucesso não depende somente do herói em si, mas grande parte está relacionada à profundidade dada ao vilão, e este é um grande acerto aqui, pois a trama do vilão (Slade Wilson, aka Exterminador) é muito bem trabalhada e impulsionada pela ótima atuação de Esai Morales (que poucos irão perceber, mas ele atuou no filme La Bamba  de 1987). O problema do vilão na primeira temporada (Trigon) é que tratava-se do típico vilão megalomaníaco que quer dominar o mundo (além de que o tom "sobrenatural" ficou meio deslocado com a pegada mais "realista" da série). Já Slade é um vilão com uma motivação e um propósito muito bem definidos, tornando-o em um vilão crível e um verdadeiro adversário frente aos Titãs.

Outro fator positivo foram os novos personagens. Além do já citado Slade Wilson, tivemos ótimas inclusões como a Rose (Chelsea Dang), Bruce Wayne (Ian Glen), e provavelmente o personagem novo mais interessante... Conner (Joshua Orphin). O sexto episódio pode, a princípio, parecer um episódio filler, mas ele na verdade faz uma ótima introdução do personagem de Joshua (com direito a ótimos easter-eggs), e que terá grande importância no restante da série. Já Ian Glen, que aparece de forma esporádica nos episódios, faz um ótimo Bruce Wayne... mas como Batman ele está mais para um herói semi-aposentado (apesar da ótima luta no episódio 11).

É engraçado como a série faz "cortes" na trama, ao longo da temporada, para contar uma história paralela que, a princípio, tem "cara" de episódio filler, mas depois vemos a importância dele. O episódio 4 (no qual é explicado o passado da antiga equipe dos Titãs) é outro ótimo exemplo dessa escolha dos diretores. Aliás, falando da trama, ela ganha muita qualidade nesta temporada por sair do terreno sobrenatural da primeira temporada, e seguir para um tema mais "palpável", como vingança. O final da primeira temporada estava mais para um episódio de Supernatural  do que de Titãs. Já nesta segunda temporada, eles optaram por manter um tom mais realista do início ao fim, o que tornou a história muito mais interessante.

Mas como nem tudo são flores, a série derrapa nos episódios finais. Não chega a ser uma derrapada forte como foi o final da primeira temporada, mas a série perde a força do início e deixa uma sensação de "poderia ser melhor". Foi gasto tempo demais, e de forma desnecessária, nos episódios 10 e 11 que poderia ter sido melhor utilizado para que o embate final com o vilão não fosse resolvido "em 5 minutos".

De qualquer modo, a série prende a atenção do espectador. É a típica série que te faz querer assistir um episódio atrás do outro (eu D-U-V-I-D-O alguém assistir o episódio 5 e não querer assistir o episódio seguinte na sequência). Com uma bela plot twist no final (como eu gosto de ser surpreendido em séries/filmes), a segunda temporada de Titãs  deixa claro que ela é a melhor série da DC atualmente.


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